quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O "APARTHEID" QUASE MIXOU!!!


Bom, como podem ter percebido os meus caríssimos 5(!!!) leitores, fiéis seguidores do blog, comigo promessa NÃO é dívida... Prometi que iria falar sobre como se desenvolveu a política do "Apartheid", para dar uma "refinada histórica" no blog, mas não estou tendo tempo para nada, nestes últimos dias. Temo até que a arrumação da mala fique para o dia da viagem. Mas para não deixá-los na mão, segue uma   "palhinha histórica" sobre a política de segregação racial sul-africana. O que vocês irão ler a partir daqui é uma reprodução de um texto publicado em:



Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Então estou publicando, entremeadas no texto citado, mais de uma imagem representativa da barra pesada que foi esse período negro (sem trocadilhos) da história. Aviso: todas as imagens foram obtidas em sites de busca pública e, sempre que souber a origem, procurarei divulgar a fonte, ok? Carinho a todos vocês!


"O regime do APARTHEID"

"Última atualização: 31/12/1969 às 21:00:00"

"O apartheid foi um dos regimes de discriminação mais cruéis de que se tem notícia no mundo. Ele vigorou na África do Sul de 1948 até 1990 e durante todo esse tempo esteve ligado à política do país. A antiga Constituição sul-africana incluía artigos onde era clara a discriminação racial entre os cidadãos, mesmo os negros sendo maioria na população.

Ingleses e africâners, para minimizar a inferioridade numérica, fecharam em 1911 o primeiro acordo para a aprovação de leis segregacionistas contra a população negra. A política de segregação racial seria oficializada em 1948, com a chegada ao poder do Partido Nacional. O candidato Daniel Malan, simpatizante da ideologia nazista, elegeu-se usando na campanha a palavra "apartheid', que em africâner significa separação.


Em 21 de março de 1961, em Sharpeville, África do Sul, oficiais de polícia 
brancos mataram 69 pessoas que protestavam em frente da estação de polícia 
de Sharpeville.
Em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, os europeus chegaram à região da África do Sul. Nos anos seguintes, a região foi povoada por holandeses, franceses, ingleses e alemães. Os descendentes dessa minoria branca começaram a criar leis, no começo do século XX, que garantiam o seu poder sobre a população negra. Essa política de segregação racial, o apartheid, ganhou força e foi oficializada em 1948, quando o Partido Nacional, dos brancos, assumiu o poder. 

O apartheid atingia a habitação, o emprego, a educação e os serviços públicos, pois os negros não podiam ser proprietários de terras, não tinham direito de participação na política e eram obrigados a viver em zonas residenciais separadas das dos brancos. Os casamentos e relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram ilegais. Os negros geralmente trabalhavam nas minas, comandados por capatazes brancos e viviam em guetos miseráveis e superpovoados. 


Nelson Mandela
Para lutar contra essas injustiças, os negros acionaram o Congresso Nacional Africano - CNA, uma organização negra clandestina, que tinha como líder Nelson Mandela. Após o massacre de Sharpeville, o CNA optou pela luta armada contra o governo branco, o que fez com que Nelson Mandela fosse preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. A partir daí, o apartheid tornou-se ainda mais forte e violento, chegando ao ponto de definir territórios tribais chamados bantustões, onde os negros eram distribuídos em grupos étnicos e ficavam confinados nessas regiões. 

A partir de 1975, com o fim do império português na África, lentamente começaram os avanços para acabar com o apartheid. A comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas - ONU faziam pressão pelo fim da segregação racial. Em 1991, o então presidente Frederick de Klerk não teve outra saída: condenou oficialmente o apartheid e libertou líderes políticos, entre eles Nelson Mandela. 

A partir daí, outras conquistas foram obtidas: o Congresso Nacional Africano foi legalizado, De Klerk e Mandela receberam o Prêmio Nobel da Paz (1993), uma nova Constituição não-racial passou a vigorar, os negros adquiriram direito ao voto e em 1994 foram realizadas as primeiras eleições multirraciais na África do Sul e Nelson Mandela se tornou presidente da África do Sul, com o desafio de transformar o país numa nação mais humana e com melhores condições de vida para a maioria da população. 

A África do Sul é um país de grande importância estratégica para o mundo ocidental. Ao longo de sua costa viajam quase todos os navios que transportam petróleo para o Ocidente. É rica em ouro, diamantes, carvão, ferro, minérios, cromo e urânio, vital para a indústria militar. Tem uma população de aproximadamente 44 milhões de pessoas, sendo 85% negros.

Depois do apartheid, a democracia continua para poucos
Modelo neoliberal adotado nos últimos dez anos agrava as condições de vida dos trabalhadores na África do Sul e reforça as desigualdades raciais e de gênero.

Centenas de milhares de servidores públicos da África do Sul, organizados em torno do Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (Cosatu), trabalhadores, em sua maioria dos setores de Educação e Saúde, realizaram em junho de 2007, uma das maiores greves da história da África do Sul, com marchas e protestos por todo o país exigindo o atendimento de diversas reivindicações, entre elas um incremento nos seus salários de 10% (a demanda inicial era de 12%). 

O governo, que oferecia 6%, acenou com 7,25%, considerado insuficiente pelos grevistas, que chamaram a atenção para a queda do padrão de vida dos trabalhadores públicos. 

Nesta época, explicou Tebogo T. Phadu, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Educação, Saúde e Associados (Nehawu, na sigla em inglês): “Eles têm enfrentado uma massiva e brutal reestruturação do setor público nos últimos 10 anos. Esta reestruturação neoliberal tem causado a privatização ora parcial ora absoluta dos bens do Estado, terceirização de serviços de apoio e encolhimento dos serviços públicos”. 

Segundo ele, a política salarial do governo é ditada pela política monetária conservadora do Reserve Bank (o Banco Central). “Por isso, a política governamental tem sido geralmente de salários 'anti-vida' para a maioria dos trabalhadores e muito generosos para a elite”, disse na época."
Fontes: IBGE | Agência Brasil De Fato 


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5e/Apartheid.jpg&imgrefurl

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/12/ApartheidSignEnglishAfrikaans.jpg/250px-ApartheidSignEnglishAfrikaans.jpg&imgrefurl


http://the-rioblog.blogspot.com/2010/06/copa-2010-grafitecoincidencias-e.html

http://bushpig.files.wordpress.com/2007/01/apartheid.jpg&imgrefurl


http://4.bp.blogspot.com/_eG697Ptllbc/S7UhXIbA2GI/AAAAAAAAArk/uQzVAG-8Dqk/s1600/apartheid-image.jpg&imgrefurl


http://africafellowship.org/images/apartheid-museum.png&imgrefurl

http://www.presenteparahomem.com.br/wp-content/uploads/2010/03/apartheid-vergonha-823.jpg&imgrefurl

http://www.sahistory.org.za/pages/governence-projects/apartheid-repression/graphics/BAHA-apartheid-signage.jpg&imgrefurl



http://www.seboantigo.com.br/livraria%2520site/mostrafoto.php%3Fidfoto%3D562&imgrefurl









http://canelada.com.br/wp-content/uploads/2010/05/mandela_free.jpg&imgrefurl



Nelson Mandela

Bispo Desmond Tutu


"Desmond Mpilo Tutu (Klerksdorp7 de outubro de 1931) é um bispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o Apartheid em seu país natal. Desmond é o primeiro negro a ocupar o cargo de Arcebispo da Cidade do Cabo, sendo também o Primaz da Igreja Anglicana da África Austral entre 1986 e1996."

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Além de Nelson Mandela e do Bispo Desmond Tutu, cabe destacar o papel relevante de Steve Biko na luta antisegregacionista. Sobre esse importante personagem da história sul-africana, diz a Wikipédia, enciclopédia livre da internet:


"Steve Bantu Biko (18 de dezembro de 1946 - 12 de setembro de 1977) foi um conhecido ativista do movimento anti-apartheid na África do Sul, durante a década de 1960.

Insatisfeito com a União Nacional de Estudantes Sul-africanos (National Union of South African Students), da qual era membro, participou da fundação, em 1968, da Organização dos Estudantes Sul-africanos (South African Students' Organisation). Em 1972, tornou-se presidente honorário da Convenção dos Negros (Black People's Convention).
Em março de 1973, no ápice do regime de segregação racial (Apartheid), foi "banido" , o que significava que Biko estava proibido de comunicar-se com mais de uma pessoa por vez e, portanto, de realizar discursos. Também foi proibida a citação a qualquer de suas declarações anteriores, tivessem sido feitas em discursos ou mesmo em simples conversas pessoais.
Em 6 de setembro de 1977 foi preso em bloqueio rodoviário organizado pela polícia. Levado sob custódia, foi acorrentado às grades de uma janela da penitenciária durante um dia inteiro e sofreu grave traumatismo craniano. Em 11 de setembro, foi embarcado em veículo policial para transporte para outra prisão. Biko morreu durante o trajeto e a polícia alegou que a morte se devera a "prolongada greve de fome empreendida pelo prisioneiro".
Em 7 de outubro de 2003, autoridades do Ministério Público Sul-africano anunciaram que os cinco policiais envolvidos no assassinato de Biko não seriam processados, devido a falta de provas. Alegaram também que a acusação de assassinato não se sustentaria por não haver testemunhas dos atos supostamente cometidos contra Biko. Levou-se em consideração a possibilidade de acusar os envolvidos por Lesão Corporal seguida de morte, mas como os fatos ocorreram em 1977, tal crime teria prescrito (não seria mais passível de processo criminal) segundo as leis do país."

Um comentário:

  1. BONDADE
    Ninguém nasce odiando outra pessoa
    pela cor de sua pele,
    ou por sua origem, ou sua religião.
    Para odiar, as pessoas precisam aprender,
    e se elas aprendem a odiar,podem ser ensinadas a amar,pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.A bondade humana é uma chama que pode ser oculta,jamais extinta.


    Nelson Mandela

    ResponderExcluir